Filho de pai sueco e de mãe russa, Alejandro Davidovich Fokina nasceu em Málaga (Espanha) a 5 de junho de 1999. No passado domingo, o jovem tenista de 18 anos sagrou-se campeão individual do torneio júnior de Wimbledon, tornando-se no segundo tenista espanhol da história a vencer a prova naquele escalão.
“Ainda não estou em mim, nem eu nem todos aqueles que me são próximos. Não esperava vencer o torneio, porque só tinha disputado ainda um encontro em relva, precisamente aqui [em 2016], e nos primeiros duelos caí várias vezes. Na verdade, este ano, só treinei um par de dias antes de começar a prova, mas agora é a superfície que gosto mais”, afirmou o espanhol, em entrevista ao jornal As.
Davidovich mostrou-se naturalmente orgulhoso com o feito conseguido. “Nas redes sociais toda a gente me diz ‘Fizeste história’. Tenho orgulho por ser o segundo tenista espanhol a vencer o torneio júnior, sucedendo a [Manuel] Orantes, mas acredito que alguém de outra geração também o conseguirá fazer”, contou.
O título no All England Club subiu de forma exponencial os níveis de confiança do número 2 mundial de juniores. “Não acreditava que podia conseguir grandes feitos e agora vejo que sou capaz. Foi uma mudança radical na minha mentalidade. Estando forte física e mentalmente creio que agora posso vencer todos os torneios”.
Alejandro Davidovich já é o 556.º classificado do ranking ATP mas mantém-se com os pés bem assentes na terra. “Até chegar ao top 100, muitas coisas podem acontecer, como lesões por exemplo. Em Wimbledon queria jogar bem, para me dar a conhecer. Quero ser tenista profissional. É o que quero fazer da vida”.
Taça Davis? Davidovich nem quer ouvir falar sobre uma possível chamada à seleção russa. “Nem pensar. Sou muito espanhol. Para dizer a verdade, o meu sonho é jogar a Taça Davis pela Espanha. Espero ser seleccionado”, frisou.
