Em Halle (e na relva) não há mesmo ninguém como ele: Roger Federer campeão pela 9.ª vez

Recorde de espetadores e uma final de sonho. A organização do Gerry Weber Open e o público alemão não poderiam ter sonhado com um melhor desfecho do que um encontro entre a lenda, Roger Federer, e a estrela da casa, Alexander Zverev, para colocar um ponto final na 25.ª edição do torneio, um dos dois ATPs 500 do calendário a serem disputados em relva, que terminou com o tenista suíço a fazer mais história na localidade alemã.

Ainda o público celebrava a entrada dos jogadores e se preparava para uma final brilhante e já Roger Federer atacava o ténis de Alexander Zverev. Num encontro que reeditava a meia-final de 2016 (ganha de forma um pouco ou tanto surpreendente pelo tenista da casa), o suíço entrou com a quinta mudança posta e determinado em agarrar com todas as forças o histórico nono título num dos seus “jardins” favoritos.

Não deixou, no entanto, de ser surpreendente a forma como conseguiu entrar de rompante e “roubar” logo dois jogos de serviço a Zverev para, corridos apenas os três primeiros do encontro, já liderar por 3-0 graças a pancadas recheadas de golpes mágicos.

Com a cobertura do estádio fechada devido à chuva que se fez sentir ao longo de todo o dia em Halle, Federer pouco ou nada falhou de onde quer que se aventurasse no court e deu uma masterclass pouco agradável ao tenista da casa — que este ano se estreou no top 10 mundial ao conquistar o Masters 1000 de Roma com uma vitória sobre Novak Djokovic na final.

O primeiro set deste duelo de gerações foi ganho pelo helvético de 35 anos em apenas 23 minutos, com três breaks (sem resposta) a fazerem a diferença e a abrirem a porta para o eneacampeonato pois Zverev, que é 15 anos mais novo, não teve reação nem na segunda partida. Apesar de ligeiramente mais equilibrado, o segundo parcial também pendeu de forma clara para Federer, que selou o marcador a 6-1 e 6-3 ao fim de apenas 53 minutos de jogo.

Aquela que foi, de longe, a melhor exibição de Roger Federer em relva na presente temporada (e desde que se despediu dos torneios em piso rápido, onde conquistou 3 títulos) permite ao tenista suíço vencer a 140.ª final da carreira e erguer o gigante troféu de campeão do Gerry Weber Open pela 9.ª vez na carreira — em 11 finais — e elevar precisamente para nove o recorde pessoal de troféus ganhos no mesmo torneio.

Mas a história desta semana não se fica por aqui para Federer: se o apuramento para os quartos de final já lhe tinha garantido presença entre os quatro cabeças de série em Wimbledon (juntamente com os restantes elementos do chamado Big Four), o 92.º título da carreira permite-lhe ultrapassar Rafael Nadal — o Major britânico junta aos pontos do ranking ATP uma fórmula que privilegia os resultados obtidos em relva — para se tornar no terceiro pré-designado no All England Club, onde a primeira bola é servida no dia 3 de julho, segunda-feira.

https://twitter.com/naughtyT/status/878952503487864832

Total
0
Shares
Total
0
Share