Nadal não vai na cantiga de Kyrgios e já está nos quartos de final

MADRID – Avanza, Rafa: depois de uma vitória muito complicada (foram precisas 2h57 para ultrapassar Fabio Fognini) na ronda anterior, Rafael Nadal regressou esta quinta-feira à noite ao Estádio Manolo Santana para se desenvencilhar facilmente de Nick Kyrgios. Com a vitória do espanhol, já é conhecido todo o alinhamento dos quartos de final masculinos do Masters 1000 de Madrid.

A jogar em casa, perante um court completamente lotado e à procura da 12.ª vitória consecutiva, o tenista espanhol de 30 anos entrou muito sólido no encontro frente a um Kyrgios que procurava dar um ar da sua graça e repetir o “susto” de 2016 — ano em que venceu o primeiro set no encontro entre ambos no Masters 1000 de Roma.

Depois de alguns jogos equilibrados, a inspiração do tenista australiano (20.º no ranking) desapareceu tão depressa quanto um dos seus mais potentes serviços e a partir daí o protagonismo transitou todo para o outro lado da rede, onde Nadal não se deixou ir na “cantiga” de Kyrgios e começou a encantar os adeptos da casa. Break após break, o maiorquino foi aumentando a vantagem e só parou com os parciais de 6-3 e 6-1 ao cabo de apenas 1h12, que demonstram a diferença entre o nível de exibição dos dois jogadores esta noite. Pelo meio, ouviram-se alguns assobios a Kyrgios pelo repentino “desligar” do encontro.

Após fazer finais em Melbourne, Acapulco e Miami e dos títulos em Monte Carlo e Barcelona (onde celebrou duas “Décimas”, isto é, o 10.º título em cada um dos torneios), “El Toro” está cada vez mais perto de uma decisão. Já com 31 triunfos esta época, mais do que qualquer outro jogador, terá como adversário David Goffin (carrasco de Milos Raonic) nos quartos de final.

Para os quartos de final já tinha seguido também o austríaco Dominic Thiem. Num dos últimos duelos (é o adjetivo certo para caracterizar a luta que protagonizou) do dia, o austríaco batalhou por cada um dos pontos com o búlgaro Grigor Dimitrov, com os dois jogadores a levarem o estádio Arantxa Sanchez ao delírio em vários momentos daquele que já pode ser considerado um dos melhores encontros do torneio.

O primeiro a estar mais perto da vitória foi Dimitrov, várias vezes apelidado de “un mini Federer” pelos adeptos espanhóis que das bancadas não resistiam à comparação: liderou por 3-1 no segundo set (antes de perder cinco dos seis jogos seguintes para ceder o parcial) e 4-1 no terceiro e decisivo parcial, tendo ainda disposto de não um, não dois, não três, quatro mas cinco pontos de encontro num emocionante tie break, que após reviravoltas e reviravoltas terminou com o cerrar de punho de Thiem, número 9 do ranking, e os parciais de 4-6, 6-4 e 7-6(9) em 2h34.

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