Equipa portuguesa reage às cada vez mais prováveis alterações na Taça Davis

Depois desta sexta-feira as alteração  dos encontros da Taça Davis para jogos à melhor de três sets, ao invés dos cinco, ter vindo à ‘baila’, a seleção portuguesa reagiu em conferência de imprensa a esses rumores, com as opiniões a serem bem claras.

Nuno Marques e Gastão Elias não deram margem para dúvidas, afirmando que não concordam com a medida tomada, justificando que esta tirará o brilho que a competição oferece.

“Não. Quais são os jogos de que nos lembramos, aqueles de que falamos 20 anos depois ou nos Grand Slams? Não percebo a lógica… Às vezes há tendências para se repensar o jogo, mudar os formatos, mas o que é que nos fica na memória? Onde é que está o drama? É um desporto incrível, a Davis é um evento incrível… Não percebo. Tenho muitas perguntas… Mas não, obviamente não concordo. Para quê mudar uma coisa que é obviamente incrível? Não percebo o que é que está por trás destas decisões. Respeito todas as opiniões mas para mim é simples”, afirmou Nuno Marques, que teve o apoio do número dois nacional.

“Eu também não concordo, acho que há muito mais drama em cinco sets, aqueles encontros em que uma pessoa está dois sets abaixo e vira. São sensações que só se sentem na Davis porque nos Grand Slams não jogamos pelo país e não estou de acordo. A regra do tiebreak também era discutível, pode fazer algum sentido mas esta para mim sinceramente não faz sentido, eu votaria não”, reiterou o tenista natural da Lourinhã.

João Sousa foi mais comedido, dizendo que não tem uma opinião concreta, apesar de considerar que esta ideia tem interesses por trás: “Eu acredito que existe uma tradição muito grande nesta grande competição. O Nuno disse os jogos que ficam são aqueles em que há muito drama mas por trás destas tentativas existem muitos interesses. Um deles é o dos jogadores de topo, de disputarem mais vezes a Davis, que infelizmente não acontece porque é uma competição muito exigente física e mentalmente. Por isso é que acredito que estão a tentar ter algumas mudanças. Depois existe o fator da televisão, muita gente defende que não é agradável ver lá cinco horas… Eu gosto da Davis, gosto do meu país, não tenho uma opinião concreta acerca disso”, comentou o vimaranense.

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